Oregon City, no estado de Oregon (EUA) parou para acompanhar
uma condenação polêmica: Dale e Shannon Hickman, foram condenados a 75 meses de
prisão e três anos de liberdade condicional pela morte de seu filho que poderia
ter sido facilmente evitada caso a tivesse procurado um médico ao invés de
acreditar na cura através da fé.
Com o tribunal lotado de fiéis seguidores da igreja, que
evita o uso da medicina tradicional, acreditando na cura através da fé, o júri
decidiu por unanimidade condenar por homicídio em segundo grau o casal cristão
pela morte do filho, David Hickman. O Juiz Robert Herndon que sentenciou o
casal disse que as evidencias eram muito claras e assim aplicou a pena mínima,
obrigatória sob as normas de condenação do Estado.
“Como as evidências apresentadas pelas testemunhas são tão
contundentes, tornou-se claro para mim e certamente para o júri que esta morte,
simplesmente, não precisava ocorrer”, disse Herndon.
Antes da condenação o casal implorou por misericórdia,
fazendo referencia ao “novo bebê”, o seu filho de 7 anos. Shannon, mencionou
que ela dedicou “24 horas por dia” para cuidar de seus filhos, e Dale pediu
misericórdia pela esposa.
“Estamos dispostos a fazer qualquer coisa que o tribunal o
entender”, disse Dale Hickman.
O promotor do caso, Mike Regan, disse que a igreja precisava aprender uma lição, pois já tem uma longa história de mortes de crianças devido à falta de tratamento médico.
O promotor do caso, Mike Regan, disse que a igreja precisava aprender uma lição, pois já tem uma longa história de mortes de crianças devido à falta de tratamento médico.
“Estas pessoas geralmente são boas, decentes, cumpridores da
lei pessoal, exceto em uma área estreita eles se complicam”, disse Regan. “Uma
área em que eles disseram-nos teimosamente – e arrogantemente, se me permitem
dizer – nós não vamos mudar”.
“A lei da sociedade civil exige que eles mudem”, continuou
Regan. “Ela exige que envie uma mensagem a todos eles que se você acreditar
nisso, ou não, em Oregon, você não pode agir de acordo com essa crença”,
concluiu o promotor.
Já o advogado do casal Mark Cogan, trabalho a defesa pedindo
a liberdade condicional, dizendo que ambos se submeteriam a qualquer ordem do
tribunal para tratamento médico. Ele também citou o fato do casal já ter levado
seus dois filhos – um de sete anos e o bebê que morreu – para ver um pediatra.
“Eles não são criminosos”, disse Cogan.
Eles não são o primeiro casal da igreja a ser condenado por
um júri. Timóteo e Rebecca Wyland, já haviam sido condenados em primeiro grau,
por maus tratos, por deixar de procurar tratamento médico, para sua filha que
estava com uma crescente perda de visão. Outros 3 casais da igreja também já
foram condenados.
Infelizmente este não é o primeiro caso e nem será o último, é apenas mais um exemplo do maldito fanatismo religioso levado até as últimas consequências.
Pergunto me se estas pessoas depois do sucedido ainda acreditam na existência do todo poderoso!
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