sexta-feira, 18 de novembro de 2011

CASAL QUE OROU POR FILHO EM VEZ LEVÁ-LO AO MÉDICO PEGA SEIS ANOS DE PRISÃO

 
Oregon City, no estado de Oregon (EUA) parou para acompanhar uma condenação polêmica: Dale e Shannon Hickman, foram condenados a 75 meses de prisão e três anos de liberdade condicional pela morte de seu filho que poderia ter sido facilmente evitada caso a tivesse procurado um médico ao invés de acreditar na cura através da fé.

Com o tribunal lotado de fiéis seguidores da igreja, que evita o uso da medicina tradicional, acreditando na cura através da fé, o júri decidiu por unanimidade condenar por homicídio em segundo grau o casal cristão pela morte do filho, David Hickman. O Juiz Robert Herndon que sentenciou o casal disse que as evidencias eram muito claras e assim aplicou a pena mínima, obrigatória sob as normas de condenação do Estado.

“Como as evidências apresentadas pelas testemunhas são tão contundentes, tornou-se claro para mim e certamente para o júri que esta morte, simplesmente, não precisava ocorrer”, disse Herndon.

Antes da condenação o casal implorou por misericórdia, fazendo referencia ao “novo bebê”, o seu filho de 7 anos. Shannon, mencionou que ela dedicou “24 horas por dia” para cuidar de seus filhos, e Dale pediu misericórdia pela esposa.

“Estamos dispostos a fazer qualquer coisa que o tribunal o entender”, disse Dale Hickman.
O promotor do caso, Mike Regan, disse que a igreja precisava aprender uma lição, pois já tem uma longa história de mortes de crianças devido à falta de tratamento médico.

“Estas pessoas geralmente são boas, decentes, cumpridores da lei pessoal, exceto em uma área estreita eles se complicam”, disse Regan. “Uma área em que eles disseram-nos teimosamente – e arrogantemente, se me permitem dizer – nós não vamos mudar”.

“A lei da sociedade civil exige que eles mudem”, continuou Regan. “Ela exige que envie uma mensagem a todos eles que se você acreditar nisso, ou não, em Oregon, você não pode agir de acordo com essa crença”, concluiu o promotor.

Já o advogado do casal Mark Cogan, trabalho a defesa pedindo a liberdade condicional, dizendo que ambos se submeteriam a qualquer ordem do tribunal para tratamento médico. Ele também citou o fato do casal já ter levado seus dois filhos – um de sete anos e o bebê que morreu – para ver um pediatra. “Eles não são criminosos”, disse Cogan.

Eles não são o primeiro casal da igreja a ser condenado por um júri. Timóteo e Rebecca Wyland, já haviam sido condenados em primeiro grau, por maus tratos, por deixar de procurar tratamento médico, para sua filha que estava com uma crescente perda de visão. Outros 3 casais da igreja também já foram condenados.

Infelizmente este não é o primeiro caso e nem será o último, é apenas mais um exemplo do maldito fanatismo religioso levado até as últimas consequências.

Um comentário:

  1. Pergunto me se estas pessoas depois do sucedido ainda acreditam na existência do todo poderoso!

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