quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O ROTEIRO DA BÍBLIA

“Todo aquele que crê num dogma, isto é, numa monstruosidade, abdica completamente de suas faculdades. Movido por uma confiança irresistível e um invencível medo doentio, aceita a pés juntos as mais estúpidas invenções.”

“É preciso abrir a Bíblia e pensar cuidadosamente o que se expõe. Então, ver-se-á que a droga lá contida tem valor muito diferente do que prometia o invólucro.” — Rabelais, François

Introdução

Texto originalmente editado pela “Crise Luxuosa Edições” em 1997, o Roteiro da Bíblia propõe-se a mostrar o que a maioria das pessoas desconhecem da religião pelo fato das várias modificações feitas para evitar perdas de fiéis. 

O texto desmascara o lado extremamente machista, insano, impiedoso e controlador de “Deus”, o lado que nunca nos é ensinado na escola ou dentro de casa; desmascara a posição do bondoso e eterno bem-feitor e perfeito “Deus” que tudo de bom quer para nós, é claro, se seguirmos suas regras.

Os trechos da Bíblia mostram perfeitamente o único ideal real da Igreja: o poder. De tudo fazem e faziam para manter a Igreja num patamar (muito) acima de nós. O medo da morte, da tortura, as promessas de lugares no céu e no paraíso faziam (fazem) com que as pessoas nem ousassem (ousem) questionar um ensinamento milenar e ultrapassado, mas que porém ainda controla e reduz a zero a vida de muita gente. Controla a fim de sufocar qualquer sentimento de ódio por ela muito mesmo antes do pensamento existir. Impede qualquer pensamento contrário a seus ensinamentos a crença nas suas sangrentas e ameaçadoras linhas. Reduz a zero a vida de quem desde cedo autorreprime os seus desejos, os seus sentimentos, todo o seu afeto, por medo de uma pós-vida que até agora nunca foi — e creio nunca será descoberta —, limitaram todo o seu potencial de socialização entre as pessoas próximas e distantes pelo medo de algo estúpido, pela má intenção de poucos que tiraram proveito de milhares para a chegada do poder.

Esperamos desmascarar os ideais dessa Igreja e dessas crenças que pedem esmola e contribuições de seus fiéis que não podem dormir em suas “Casas de Deus” de ouro, que eles mesmo construíram, quando não tiverem um teto para se abrigar. A Igreja chora por caridade em todo o globo enquanto no Vaticano, e tantos outros lugares, seus tetos são construídos com base a ouro. Enquanto os fiéis que colocam-nos nos céus do poder vivem na miséria e no árduo trabalho, os representantes de “Deus”, cujo não aceita a riqueza nos céus, vivem no melhor conforto possível, com tudo que os mais ricos dos burgueses nem sonham ter. Essas são as contradições que queremos desmascarar, e esse texto é apenas mais uma de nossas armas contra mais essa máquina de exploração humana.

Deus não existe, e mesmo assim ainda devemos matar o mito que até hoje escraviza muitas pessoas pelo mundo.

Um comentário:

  1. É complicado fazer o "desmame" da religião.
    É um conforto que as pessoas adquirem, é quase como se de repente nos dissessem que o céu não é azul mas preto, custaria-nos acreditar que o céu era preto porque durante a nossa vida aprendemos que ele era azul, demoraria até habituar-nos à ideia de ele ser preto. Foi um péssimo exemplo, mas o que quis dizer foi que ainda vai demorar muito tempo até que a religião seja exterminada.

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