“Todo
aquele que crê num dogma, isto é, numa monstruosidade, abdica completamente de
suas faculdades. Movido por uma confiança irresistível e um invencível medo
doentio, aceita a pés juntos as mais estúpidas invenções.”
“É
preciso abrir a Bíblia e pensar cuidadosamente o que se expõe. Então, ver-se-á
que a droga lá contida tem valor muito diferente do que prometia o invólucro.”
— Rabelais, François
Introdução
Texto
originalmente editado pela “Crise Luxuosa Edições” em 1997, o Roteiro da Bíblia
propõe-se a mostrar o que a maioria das pessoas desconhecem da religião pelo
fato das várias modificações feitas para evitar perdas de fiéis.
O
texto desmascara o lado extremamente machista, insano, impiedoso e controlador
de “Deus”, o lado que nunca nos é ensinado na escola ou dentro de casa;
desmascara a posição do bondoso e eterno bem-feitor e perfeito “Deus” que tudo
de bom quer para nós, é claro, se seguirmos suas regras.
Os
trechos da Bíblia mostram perfeitamente o único ideal real da Igreja: o poder.
De tudo fazem e faziam para manter a Igreja num patamar (muito) acima de nós. O
medo da morte, da tortura, as promessas de lugares no céu e no paraíso faziam
(fazem) com que as pessoas nem ousassem (ousem) questionar um ensinamento
milenar e ultrapassado, mas que porém ainda controla e reduz a zero a vida de
muita gente. Controla a fim de sufocar qualquer sentimento de ódio por ela
muito mesmo antes do pensamento existir. Impede qualquer pensamento contrário a
seus ensinamentos a crença nas suas sangrentas e ameaçadoras linhas. Reduz a
zero a vida de quem desde cedo autorreprime os seus desejos, os seus
sentimentos, todo o seu afeto, por medo de uma pós-vida que até agora nunca foi
— e creio nunca será descoberta —, limitaram todo o seu potencial de
socialização entre as pessoas próximas e distantes pelo medo de algo estúpido,
pela má intenção de poucos que tiraram proveito de milhares para a chegada do
poder.
Esperamos
desmascarar os ideais dessa Igreja e dessas crenças que pedem esmola e
contribuições de seus fiéis que não podem dormir em suas “Casas de Deus” de
ouro, que eles mesmo construíram, quando não tiverem um teto para se abrigar. A
Igreja chora por caridade em todo o globo enquanto no Vaticano, e tantos outros
lugares, seus tetos são construídos com base a ouro. Enquanto os fiéis que
colocam-nos nos céus do poder vivem na miséria e no árduo trabalho, os
representantes de “Deus”, cujo não aceita a riqueza nos céus, vivem no melhor
conforto possível, com tudo que os mais ricos dos burgueses nem sonham ter.
Essas são as contradições que queremos desmascarar, e esse texto é apenas mais
uma de nossas armas contra mais essa máquina de exploração humana.
Deus
não existe, e mesmo assim ainda devemos matar o mito que até hoje escraviza
muitas pessoas pelo mundo.
É complicado fazer o "desmame" da religião.
ResponderExcluirÉ um conforto que as pessoas adquirem, é quase como se de repente nos dissessem que o céu não é azul mas preto, custaria-nos acreditar que o céu era preto porque durante a nossa vida aprendemos que ele era azul, demoraria até habituar-nos à ideia de ele ser preto. Foi um péssimo exemplo, mas o que quis dizer foi que ainda vai demorar muito tempo até que a religião seja exterminada.